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Se você ainda não conhece a história dos Fuzilados do Alto do Leitão, leia o nosso artigo clicando aqui:https://cariridasantigas.com.br/os-fuzilados-do-alto-do-leitao/

Em visita realizada ao cemitério dos fuzilados do Alto do Leitão, feita em 06 de dezembro de 2020, em companhia de Demontiei Ferreira e sua esposa, D. Arlete, constatamos a situação de ruína em que se encontra o cemitério. A começar pela localização, muito difícil de se conseguir com os moradores do entorno, uma vez que a maioria desconhece a história, e consequentemente a importância do local, o que demonstra como a memória popular acerca do tema está fragilizada. Senti-me como Dr. Napoleão Tavares, que na década de 1970, rememorando as passagens feitas pela antiga Estrada da Feira, na companhia do velho Farosa, em meados de 1943, quando primeiro avistou as cruzes, tentou lá voltar, e encontrou grande dificuldade.

O cemitério visto a distância da estrada rural

Atualmente é possível chegar até lá de carro, conseguimos visualizar as cruzes da própria estrada de terra. Há uma cerca que divisa o terreno onde os túmulos estão inseridos, e um cercado, em forma de quadrado, que separa do terreno a área onde estão as cruzes. O terreno é particular, e intervenções no local terão de ser analisadas junto ao proprietário, mas como o leitor pôde verificar nas fotos acima, falta conservação e melhor indicação.

Nas proximidades dos túmulos, há uma vala profunda, que indica grande passagem de água. Acreditamos que a erosão pode afetar o cemitério futuramente, por isso, decidimos elabora um projeto de requalificação do local, com a aplicação de dutos de drenagem, e a abertura de um pequeno corredor que levará as cruzes, assim como também a confecção de novas cruzes e a restauração da cruz em granilite. O objeto é facilitar o acesso, por meio de placas indicativas, e a abertura de uma passagem segura até o local.

 

Se você deseja visitar o local, clique no link a seguir, com a localização no Google Maps: https://www.google.com.br/maps/@-7.2807629,-39.3434042,255m/data=!3m1!1e3?hl=pt-BR&authuser=0

Se você deseja participar da campanha de requalificação do cemitério, entre no grupo de WhatsApp que criamos especificamente para este fim: https://chat.whatsapp.com/I6W852jjRM57jusO4TTRf8

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Roberto Junior
Acadêmico de História na Universidade Regional do Cariri (URCA), foi secretário geral do Instituto Cultural do Cariri (ICC) e conselheiro de cultura do Crato. Fundou o Cariri das Antigas em 2014, e desenvolve pesquisas na área de História Política e Social. Atuou como bolsista da FUNCAP no projeto "Biopoder, Saúde e Saber médico: O Hospital Manuel de Abreu e as práticas de cura e controle da tuberculose na Região do Cariri nos anos de 1970”, coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Egberto Melo. É diretor administrativo do Clube do Automóvel do Cariri - Siqueira Campos, sendo o historiador responsável pela edição do periódico do clube, fruto de suas pesquisas acerca da história do automóvel no Brasil, com recorte entre as décadas de 1890 e 1990. Tem como pesquisa de trabalho de conclusão de curso, a História e Desenvolvimento da Aviação no Cariri, com enfoque principal na atuação do Correio Aéreo Militar.