Cristalizou-se no senso histórico comum de nossa região uma corrente que nega e relativiza o regime de violência que esta terra viveu até bem pouco tempo atrás. Um período em que se afirmava poder na velocidade do gatilho e no soar dos rifles e bacamartes, e dentre as situações que costumam colocar em segundo plano, está a presença dos grupos de cangaceiros no Cariri, em especial o bando do temido Lampião, afamado “Rei do Cangaço”.

P.S. O vídeo, infelizmente, está com áudio em baixa qualidade. 

Lampião esteve em Juazeiro, Barbalha e outras cidades da região em diversas oportunidades, pois neste vale ele sempre encontrou – em comparação a outras localidades do nordeste – tranquilidade e abrigo, tendo sido um de seus maiores coiteiros, o Coronel Santana, um dos mais poderosos mandões do Cariri entre o final do Séc.XIX e o cair da “República Velha”. Em sua terras, Santana era absoluto, e sob seu mando a Gameleira de São Sebastião, Serra do Mato e redondezas estiveram durante muito tempo.

As terras citadas ainda hoje são difíceis de acessar – nós gastamos um bom tempo de viagem em vias em estado de conservação ruim – mas possuem atrativos naturais inegáveis, sendo um dos principais deles, a famosa, mas muito pouco retratada, Fonte da Pendência. Em 2019 o volume de águas na fonte é deveras forte, e até o ar que se respira é revigorante, entendemos assim o porque de Lampião e seu bando gostarem tanto de se banhar e recuperar as forças quando estavam sob a proteção de Antonio Joaquim Santana.

 

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Roberto Junior
Acadêmico de História na Universidade Regional do Cariri (URCA), foi secretário geral do Instituto Cultural do Cariri (ICC) e conselheiro de cultura do Crato. Fundou o Cariri das Antigas em 2014, e desenvolve pesquisas na área de História Política e Social. Atuou como bolsista da FUNCAP no projeto "Biopoder, Saúde e Saber médico: O Hospital Manuel de Abreu e as práticas de cura e controle da tuberculose na Região do Cariri nos anos de 1970”, coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Egberto Melo. É diretor administrativo do Clube do Automóvel do Cariri - Siqueira Campos, sendo o historiador responsável pela edição do periódico do clube, fruto de suas pesquisas acerca da história do automóvel no Brasil, com recorte entre as décadas de 1890 e 1990. Tem como pesquisa de trabalho de conclusão de curso, a História e Desenvolvimento da Aviação no Cariri, com enfoque principal na atuação do Correio Aéreo Militar.