Desde meados do século XV, pelo menos, notas de leituras relatam a passagem dos Lunários Perpétuos de mão em mão, entre leitores europeus ou não. No Brasil, muitos são os Lunários listados pelos historiadores, arrolados em inventários ou mesmo citados em memórias de leituras, pelo menos desde o início do século XVIII. A partir de então foi sucessivamente reeditado e tantas vezes emendado e acrescentado, portanto, possuído, lido, relido, recitado, escutado, comentado e seus ensinamentos devidamente apropriados por inúmeras famílias que moravam no Nordeste brasileiro. Entre tantos ensinamentos instrutivos, o Lunário pontua preceitos a respeito da sobrevivência dos humanos, dos animais, da agricultura e da permanência da fé religiosa e orienta como fazer previsão de chuvas e como conduzir a educação das crianças. Neste início de século XXI, no Nordeste brasileiro, os ensinamentos instrutivos do Lunário, em suas distintas versões, ainda permanecem sendo difundidos bem mais oralmente pelos “profetas do sertão”, ou “profetas das chuvas”. Um dos “valiosos” ensinamentos apropriados e permanentemente difundidos por esses profetas é a previsão de chuvas, segundo os fenômenos da própria natureza, que cobrem desde a direção dos ventos até ciclos solares e lunares.
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