Uma das figuras mais importantes da história do Cariri, o Beato José Lourenço é geralmente lembrado no caso do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, e do massacre na Mata dos Cavalos.

Poucos comentam sobre seus últimos anos, e como foi sua vida após ir embora do Ceará, muito menos sobre seu local de descanso final.

Acometido de peste bubônica, o beato encantou-se em 12 de fevereiro de 1946. O pranto dos homens e mulheres que viviam no União, foi derramado pelas muitas léguas que separam Exu e Juazeiro. A pé, trouxeram seu corpo para a terra do Padre Cícero, e aqui o beato não teve direito a missa de corpo presente. Tanto na capela de São Miguel, quanto na do Socorro, somente portas fechadas, os padres negaram.

O enterro se deu no Cemitério do Socorro, após as exéquias improvisadas, e até hoje seus restos mortais lá repousam. Em 24 de dezembro de 2020, fomos até a necrópole visitar e registrar em vídeo e fotos, o túmulo de José Lourenço, onde também estão sepultados outros corpos, incluindo beatos e beatas.

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Acadêmico de História na Universidade Regional do Cariri (URCA), foi secretário geral do Instituto Cultural do Cariri (ICC) e conselheiro de cultura do Crato. Fundou o Cariri das Antigas em 2014, e desenvolve pesquisas na área de História Política e Social. Atuou como bolsista da FUNCAP no projeto "Biopoder, Saúde e Saber médico: O Hospital Manuel de Abreu e as práticas de cura e controle da tuberculose na Região do Cariri nos anos de 1970”, coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Egberto Melo. É diretor administrativo do Clube do Automóvel do Cariri - Siqueira Campos, sendo o historiador responsável pela edição do periódico do clube, fruto de suas pesquisas acerca da história do automóvel no Brasil, com recorte entre as décadas de 1890 e 1990. Tem como pesquisa de trabalho de conclusão de curso, a História e Desenvolvimento da Aviação no Cariri, com enfoque principal na atuação do Correio Aéreo Militar.