Numa época em que a lógica jurídica era executada ao soar do bacamarte, montar um exército de jagunços era algo indispensável aos mandões do Cariri, que objetivavam preservar seus cargos e poder político, e até mesmo a vida. Os ritos privados e a lógica das ações desses homens causam curiosidade até hoje, e por isso daremos início a uma sessão de matérias sobre os armamentos utilizados tanto pelos coronéis, quanto pelos cangaceiros e jagunços, e para tanto, escolhemos uma das mais populares armas da história, o rifle Winchester.
Os primeiros experimentos com rifles de repetição fazem referência a patente de Walter Hunt, que em 1848 patenteou em Nova York o “Volition Repeating Rifle”, o projeto era falho e passou por várias modificações até chegar ao rifle Henry, lançado em 1860, e ainda na década de 1850 nomes importantes da indústria bélica se debruçaram sobre esse tipo de armamento, como a Volcanic e a Smith & Wesson. Foi a partir do rifle Henry que o modelo 1866 da Winchester foi projetado.
Em um ambiente habituado com as famosas Lazarinas, Bate Buchas e Soca Soca, e em tempos mais remotos o potente bacamarte, o rifle de repetição fez muito sucesso, rápido e confiável, se tornou o queridinho destas quebradas do vale e do sertão, armou a cabroeira e tornou os ataques cada vez mais furtivos e fulminantes, pois dentre as opções de munição estava o destruidor cartucho .44.
Apelidado como “Papo Amarelo” por conta da estrutura metálica dourada, é ainda hoje encontrado em lojas de armamentos sob a batuta de outros fabricantes, pois a Winchester foi dissolvida nos anos 1970.
Assita o rifle em ação no vídeo abaixo:
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